O Mundo Ñ é Maternal!
É bom ter mãe qdo se é criança e tb é bom qdo se é adulto.
Qdo se é adolescente pensa q viveria melhor s/ela, mas é erro de cálculo.
Mãe é bom em qq idade.
S/ela, ficamos órfãos de td, já q o mundo lá fora ñ é nem um pouco maternal conosco.
O mundo ñ se importa se estamos desagasalhados e passando fome.
Ñ liga se virarmos a noite na rua, ñ dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos.
O mundo quer defender o seu, ñ o nosso.
Mãe quer q a gente tenha boa aparência, mas está mais preocupada c/o nosso banho, c/os nossos dentes e nossos ouvidos, c/a nossa limpeza interna!
Ñ quer q a gente se drogue, q a gente fume, q a gente beba.
O mundo nos olha superficialmente.
Ñ consegue enxergar através.
Ñ detecta nossa tristeza, nosso queixo q treme, nosso abatimento.
O mundo quer q sejamos lindos, sarados e vitoriosos, p/enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta.
O mundo ñ tira nossa febre, ñ penteia nosso cabelo, ñ oferece um pedaço de bolo feito em casa.
O mundo quer nosso voto mas ñ quer atender nossas necessidades.
O mundo, qdo ñ concorda c/a gente, nos pune, nos rotula, nos exclui.
O mundo ñ tem doçura, ñ tem paciência, ñ pára p/nos ouvir.
O mundo pergunta qtos eletrodomésticos temos em casa e qual é o nosso grau de instrução, mas ñ sabe nada dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o 1º emprego.
P/o mundo, quem menos corre, voa.
Mãe é de outro mundo.
É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida, brigona, insistente, dramática, chega a ser até corruptível se oferecermos em troca alguma atenção.
Mãe sofre no lugar da gente, se preocupa c/detalhes e tenta adivinhar tdas as nossas vontades, enqto q o mundo propriamente dito, exige eficiência máxima,
seleciona os mais bem dotados e cobra caro pelo seu tempo.
Mãe é de graça! Martha Medeiros
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