sábado, 22 de março de 2008

Q Eu Me Permita!

Q eu me permita olhar, escutar e sonhar mais. Falar menos e chorar menos.
Ver nos olhos de quem me vê a admiração q eles me têm e ñ a inveja prepontentemente q penso q têm.
Escutar c/os meus ouvidos atentos e minha boca estática, as palavras q se fazem gestos e os gestos q se fazem palavras.
Permitir sempre escutar aquilo q ñ tenho me permitido escutar.
Saber realizar os sonhos q nascem em mim e por mim e comigo morrem por eu ñ os saber sonhos.
Então, q eu possa viver os sonhos possíveis e impossíveis; aqueles q morrem e ressuscitam a cada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia.
Q eu possa sonhar o ar, sonhar o mar, sonhar o amor, sonhar o amalgamar.
Q eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível, da imensidão de tda profundeza.
Q eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental (aquela q a alma cria e q só ela, a alma, ouve e só ela, alma, responde).
Q eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas, desenhar as retas e aprender o sabor da exuberância q se mostra nas pequenas manifestações da vida.
Q eu saiba reproduzir na alma a imagem q entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.
Q eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos.
Q meu choro ñ seja em vão, q em vão não sejam minhas dúvidas.
Q eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar meus destinos c/dignidade.
Q eu ñ tenha medo de nada, principalmente de mim msm:
- Q eu ñ tenha medo de meus medos!
Q eu adormeça tda vez q for derramar lágrimas inúteis e desperte c/o coração cheio de esperanças.
Q eu faça de mim um homem sereno dentro de minha própria turbulência, sábio dentro de meus limites pequenos e inexatos, humilde diante das minhas grandezas tolas e ingênuas (q eu me mostre o qto são pequenas minhas gdezas e o qto é valiosa minha pequenez).
Q me permita ser mãe, pai e, se preciso for, ser órfão.
Permita-me eu me ensinar o pouco q sei e aprender o mto q ñ sei, traduzir o q os mestres ensinaram e compreender a alegria c/q os simples traduzem suas experiências; respeitar incondicionalmente o ser; o ser por si só, por mais nada q possa ter além de sua essência, auxiliar a solidão de quem chegou, render-me ao motivo de quem partiu e aceitar a saudade de quem ficou.
Q eu possa amar e ser amado.
Q eu possa amar msm s/ser amado.
Fazer gentilezas qdo recebo carinhos; Fazer carinhos msm qdo ñ recebo gentilezas.
Q eu jamais fique só, msm qdo me queira só!
Amém! Oswaldo Antônio Begiato

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