Atritos!

Ninguém muda ninguém!
Ninguém muda sozinho!
Nós mudamos nos encontros!
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos q nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros, desde q estejamos abertos e livres p/sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Vc já viu a diferença q há entre as pedras q estão na nascente de um rio e as pedras q estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas.
À medida q elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da água e se atritando c/as outras pedras, ao longo de mtos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.
Assim tb agem nossos contatos humanos.
S/eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar q ñ existem sentimentos, bons ou ruins, s/a existência do outro, s/o seu contato.
Passar pela vida s/se permitir um relacionamento próximo c/o outro, é ñ crescer, ñ evoluir, ñ se transformar.
É começar e terminar a existência c/uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Qdo olho p/trás, vejo q hj carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes.
Pessoas q, no contato c/elas, me permitiram ir dando forma ao q sou, eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, s/dúvida, c/suas ações e palavras, me criaram novas arestas, q precisaram ser desbastadas.
Faz parte!
Reveses momentâneos servem p/o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso q existe algo mais profundo, ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida como gdes pedras, cheias de excessos.
Os seres de gde valor, percebem q ao final da vida, foram perdendo tdos os excessos q formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência e ficando cada vez menores, menores, menores!
Qdo finalmente aceitamos q somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da gdeza de Deus, é q finalmente nos tornamos gdes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos qto se tira de excesso p/chegar ao seu âmago.
É lá q está o verdadeiro valor.
Pois, Deus fez a cada um de nós c/um âmago bem forte e mto parecido c/o diamante bruto, constituído de mtos elementos, mas essencialmente de amor.
Deus deu a cada um de nós, essa capacidade, a de amar!
Mas temos q aprender como.
P/chegarmos a esse âmago, temos q nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando tdos os excessos q nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.
Por mto tempo em minha vida, acreditei q amar significava evitar sentimentos ruins.
Ñ entendia q ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado, faz parte da construção do aprendizado do amor.
Ñ compreendia q se aprende a amar sentindo tdos esses sentimentos contraditórios e os superando.
Ora, esses sentimentos simplesmente ñ ocorrem se ñ houver envolvimento.
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: Atrite-se!
Ñ existe outra forma de descobrir o amor!
E s/ele, a vida ñ tem significado. Roberto Crema